terça-feira, 13 de janeiro de 2009

2008/ 2009

Era assim que tinha que ser: Madrid, desconhecida há um ano atrás e palco de tanta emoção em 2008, era o cenário ideal para entrar no novo ano...
Mala feita, semana de férias pedida, assunto arrumado.

A capital não desilude. Torna-se maior cada vez que voltamos: foi assim em Fevereiro, em Março, foi assim em Novembro, foi assim agora.
Mas agora foi diferente. Foi uma certa sensação de ‘ser da casa’, uma personificação, um encher de rostos e de memórias a capital - torná-la nossa. Agora, Madrid são as tapas daquela casa sempre cheia da Chueca, é o mercadito de Fuencarral, é o metro em movimento sem que isso nos angustie – como se tivessemos vivido toda a vida naquela cidade. Madrid é a Prisa – o quarteirão da Prisa – a gritar-nos a nossa insignificância, somos nós – pequeninas – a espiar aquele 2º andar em busca de algo que desejamos que exista (não existe!). E é o Mohamed e as 24 horas non stop, na consciência forçada de que há vidas bem dificeis, os ciné princesa e o Vicky Cristina, o Strarbucks (o café e o chocolate de niños), o fondue (comida para um batalhão que não sobrou), o rosé das nossas vidas, o champagne aberto antes da hora, com karaoke e mensagens deixadas em gravadores portugueses. As conversas nocturnas sem dar-mos conta do tempo (as horas à volta dos mais feios, os dois minutos à volta dos bonitos), são as conversas dos do costume, os sonhos com a camioneta de excursões. E é a gripe da Sofia – a médica simpática e incompetente (menos de 38,5 toma um, mais de 38,5 toma dois), a natação sincronizada da Mi - qual selecção espanhola a conquistar medalhas, os italianos loucos e lluvia de cava.

Estamos em 2008, estamos em 2008 (nós em pé). Estamos em 2009... (nós no chão).
Não há superstições negativas nesta história: lluvia de cava só pode dar sorte. Primeiros dias maus? Está esgotado o stock-azar 2009!

1 comentário:

Sofia disse...

Uma sensaçao de ser da casa porque esta é a nossa casa (embora a nossa casa ja a tenhamos deixado naquele 7 de setembro, com um BA cheio e um bater de porta). Anton Martin uns dias, Principe Pio uns meses e sentimo-nos como se Madrid fosse nossa, embora aqueles com que se partilha o dia-a-dia teimem em mostrar-nos que nao, que nao passamos de forasteiras.
Poderia viver aqui toda uma vida mas toda uma vida seria tempo de mais. Cinco meses é suficiente.